O prazo para divulgação do Relatório de Transparência Salarial foi prorrogado pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). A mudança impacta empresas que possuem 100 ou mais colaboradores e que estão obrigadas pela Lei nº 14.611/2023 a publicar critérios remuneratórios e igualdade salarial entre mulheres e homens. O prazo original terminaria em 30 de setembro, mas agora segue até 15 de outubro de 2025. Dessa forma, as organizações ganham tempo para corrigir inconsistências e garantir maior precisão nas informações apresentadas.
O que é o Relatório de Transparência Salarial e por que ele importa?
O Relatório de Transparência Salarial é uma exigência legal prevista na Lei 14.611/2023. Ele obriga empresas com 100 ou mais funcionários a divulgar informações sobre critérios de remuneração e diferenças salariais entre homens e mulheres.
Além disso, essa iniciativa fortalece a igualdade de gênero no ambiente de trabalho e torna os processos de remuneração mais transparentes. Consequentemente, reguladores, colaboradores e sociedade civil podem acompanhar de perto se as empresas aplicam práticas salariais justas.
Portanto, mais do que cumprir uma obrigação, a publicação desse relatório representa uma oportunidade para rever políticas internas. Assim, promove-se uma cultura de responsabilidade social corporativa e de equidade salarial.
Como funciona o processo de divulgação e os ajustes exigidos
1. Apuração dos dados
As empresas coletam informações sobre salários, cargos, gênero e critérios de remuneração. Ou seja, a etapa inicial é de diagnóstico detalhado.
2. Processamento pela DATAPREV
O MTE identificou inconsistências nos relatórios já enviados. Por esse motivo, a DATAPREV fará um novo processamento para corrigir falhas e aumentar a confiabilidade dos dados.
3. Disponibilização no Portal Emprega Brasil
Até 7 de outubro, as versões corrigidas estarão no Portal Emprega Brasil. Assim, as empresas podem revisar as informações antes da divulgação final.
4. Divulgação pelas empresas
As organizações devem publicar o relatório em seus sites, redes sociais ou outros canais institucionais até 15 de outubro. Logo, o documento ficará disponível para todos os públicos.
5. Sanções em caso de descumprimento
Quem não cumprir o prazo fica sujeito a multas e outras penalidades administrativas. Em contrapartida, quem se adequar garante conformidade e reputação positiva.
6. Referência temporal
O período considerado no relatório vai de julho de 2024 a junho de 2025. Portanto, os dados abrangem um ano fiscal completo.
Vantagens e impactos do prazo prorrogado
Maior precisão nos dados: as empresas podem revisar e corrigir informações.
Tempo adicional para adequação: o prazo extra permite organizar processos internos.
Transparência reforçada: a divulgação pública aumenta a credibilidade empresarial.
Incentivo à equidade de gênero: o relatório fortalece o combate à desigualdade salarial.
Redução de riscos jurídicos: o cumprimento das exigências evita multas e sanções.
Sobretudo, o prazo prorrogado funciona como uma segunda chance para quem ainda não se adequou.
Cuidados e desafios na implementação
Apesar da prorrogação, ainda existem desafios. Muitas vezes, erros no preenchimento dos dados comprometem a qualidade do relatório. Além disso, gestores que não entendem o objetivo da lei podem resistir ao processo.
No entanto, outro cuidado essencial é garantir clareza nos critérios de remuneração. Quando isso não ocorre, a credibilidade do relatório diminui. Portanto, as empresas precisam alinhar informações internas e adotar comunicação transparente.
Boas práticas para garantir conformidade e qualidade
Para aplicar corretamente a exigência do MTE, as empresas devem:
Realizar auditorias internas para identificar falhas.
Criar equipes específicas responsáveis pelo relatório.
Documentar critérios de remuneração de forma clara.
Testar previamente o formato de divulgação em seus canais.
Explicar aos colaboradores o propósito da transparência salarial.
Registrar cada etapa da publicação para comprovar conformidade.
Dessa maneira, as boas práticas aumentam a eficiência e asseguram relatórios mais consistentes.
Conclusão: prorrogação como oportunidade de aprimoramento
A prorrogação do prazo para o Relatório de Transparência Salarial deve ser vista como uma oportunidade estratégica. Afinal, com mais tempo disponível, as empresas podem corrigir erros, reforçar boas práticas e fortalecer sua reputação.
Assim, ao usar esse período de forma inteligente, elas promovem igualdade de gênero, reduzem riscos legais e criam uma cultura de melhoria contínua.
Fique por dentro de mais atualizações sobre gestão, legislação e mercado.
Siga-nos no LinkedIn e no Instagram para acessar conteúdos exclusivos!